Lançamento do Livro do III Festival de Literatura da Letras

Fotos dos livros publicados, por Israel Antonini
Foto dos livros publicados, por Israel Antonini

No último dia 18 de janeiro de 2012, no centro cultural b_arco, aconteceu o lançamento do livro-coletânea do "III Festival de Literatura da Letras - USP", no qual um conto meu foi publicado.

O festival foi organizado pelos estudantes de Letras da USP em meados de 2008 e premiou os três melhores contos e os três melhores poetas. Meu texto, "O autor do conto", ficou em segundo lugar em sua categoria.

A edição do livro, publicado pela Ed. Humanitas, ficou incrível! Destaque para a linda ilustração de capa de Juliana Cordaro.

Apesar da chuva forte, foi uma festa muito agradável! Além das conversas boas, houve uma performance de Chiu, do grupo Philomundus, e um sarau tão bom que conseguiu até quebrar a timidez que até então me acompanhava naquela noite (e que ainda me acompanha um pouco quando falo da publicação).

Gostaria de registrar o agradecimento especial a Israel Antonini, um dos tantos agitadores que ajudou na concretização da publicação; aos queridos Juliana Peres e Pedro Schmidt, que estiveram presentes na festa e que fizeram da noite um dia especial; e ao Rafael Ireno e à Polyana Ramos, que não puderam estar presentes, mas que de um jeito ou de outro caminham comigo nesta trilha literária com muitos conselhos pertinentes.

Confesso que é estranho reler meu conto, de três ou quatro anos atrás, e sentir um sentimento muito controverso de que aquela não é mais minha voz e de que o conto não dialoga mais com minha subjetividade. Mudaria muita coisa, talvez como tenho feito de lá pra cá com minha vida como um todo. 

Além disso, confesso que é muito estranho ser mencionado no lançamento e nos comentários como "escritor", ainda mais após tanto tempo sem escrever nem um post de blog. Sinto-me um outsider do meio literário, tanto com relação à produção quanto também à leitura. Tenho lido pouco, não sei o que é "escrever" e vejo cada vez mais problemas nas coisas que já escrevi.

Confesso, por fim, que o mais estranho é lembrar que talvez esses sentimentos de estranhamento, de não-pertencimento e de reflexão crítica da própria obra sejam, no fundo, um estopim para o desenvolvimento de um potencial escritor. Um ciclo recursivo, meio paradoxal, como o conto publicado, como as coisas que gosto de escrever, e como a vida em geral.

Comentários

  1. Vinícius! Esse não pertencimento e estranhamento estão entranhados na trajetória excruciante (e com ares de impossível) ao autorreconhecimento que nos permite gritar ao espelho e aos quatro ventos: "Sou escritor!". Mas, em se tratando de alguém com o teu talento, a coisa toda já está muito antes do espelho, da imagem, do sonho. Já está em você, em tua essência. Caminhemos junto nesta estrada da escrita: longa, mas verdadeiramente plena!Bjs, Polyana

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